domingo, 6 de dezembro de 2009

Volkswagen Run 2009

No dia 22 de novembro, foi realizada a terceira edição da VW Run, na fábrica da Volkswagen, em S.Bernardo do Campo. Nas edições anteriores, as corridas foram disputadas apenas na fábrica da via anchieta. Mas neste ano, a VW Run teve três etapas: a primeira na fábrica de Taubaté-SP, a segunda em Curitiba e a terceira em S.Bernardo do Campo. Quem participasse das três provas e somasse mais pontos ganharia um VW Polo 0KM.
Assim como nos anos anteriores, os vencedores nas categorias masculina e feminina ganharam um VW Gol 0KM. Também foi sorteado um Gol zerinho entre os demais participantes da prova, que concluíssem o trajeto em menos de 01:45h. E prá finalizar, ainda rolou um show do skank, que sacudiu os corredores por mais de uma hora.
Kit da prova. O kit da VW run 2009 foi bom, com uma ótima camiseta, manual do corredor e mais alguns brindes. Mas novamente teve que ser retirado em S.Paulo, longe do local da prova. A retirada do chip de cronometragem se deu no dia da prova, sem filas.
Organização do evento. Chegar à fábrica da VW pode ser complicado, para quem se atrasar. A prova começa às 09:00h; chegar ao local às 07:30h é uma ótima, pois são apenas 5000 corredores e, nesse horário, pelo menos metade já se encontra no local. Também recomendo que não se entre pela Anchieta, mas sim pela Maria Servidei Demarchi, na entrada Santo Amaro; entre por ali e estacione perto da entrada; dali, você pega um ônibus da organização da prova, que já deixa os corredores no local da largada. Na volta, esse ônibus da entrada Santo Amaro tem uma fila dez vezes menor que o ônibus que leva os corredores para a entrada da Anchieta; você chegará ao seu carro muito mais rápido; e deixando seu veículo próximo à entrada, você nem pegará fila de carros, chegando rapidamente à av.Maria Servidei Demarchi e, dali, até a Anchieta.
Já no local da largada, a organização foi boa, com bastante espaço, distribuição de brindes e boa quantidade de banheiros.
Percurso. Seguramente, a VW Run é a prova de 10K com maior volume de subidas; tem rampa prá todo gosto: longas com pouca inclinação, longas bem inclinadas, subida em curva e a entrada para a linha de produção da fábrica, que é uma espécie de mini-Brigadeiro Luis Antonio. No percurso, os corredores passam por setores externos da fábrica, mas também pelo interior da VW, onde são vistos carros em fase de montagem, robôs e funcionários trabalhando. É muito interessante.
Minha impressão sobre a prova. A VW run é uma experiência diferente, pois é a única prova disputada dentro de uma montadora de automóveis; sai um pouco da rotina das provas de rua; também é um ótimo treino de subidas; sempre há um bom show (no ano passado veio o Jota Quest) e você ainda corre o risco de ganhar um Gol zero KM. Por tudo isso, vale a pena participar.
Com relação à dificuldade da prova, meu tempo foi de 01h:01min; se meu melhor tempo é de 54min, dá prá ver que a VW run é dura mesmo. Quem estiver mal, vai se cansar.

domingo, 15 de novembro de 2009

Corrida 10K Brasil- Caixa

No dia 08 de novembro de 2009, no Ibirapuera, em S.Paulo, foi disputada a 10K Brasil- Caixa. A largada se deu ao lado do Parque, no estacionamento da Assembléia Legislativa, de onde partiram os 5.000 atletas.
Muitos profissionais participaram do evento, pois a prova serviu como seletiva para formação da elite para a São Silvestre deste ano. Prá se ter uma ideia, a prova masculina foi vencida por um corredor da Tanzânia! Quenianos também foram vistos por lá, além de nomes do atletismo nacional, como a Marizete Moreira, que terminou em terceiro lugar.

Organização da prova- A Yescom, inteligentemente, limitou o número de coredores a 5000, sendo 2000 para os 10k, 2000 para os 05K e 1000 para a caminhada. Ao contrário do que ocorre em outros eventos, as largadas foram muito bem separadas, não havendo nenhum contato entre os corredores que percorreram distâncias diferentes; ninguém correu risco nem teve que desviar.
A retirada do Kit se deu no Ginásio do Ibirapuera, de forma bem organizada. O Kit é razoável, assim como a camisa, que é bem fresca, mas bem simples.
Os postos de abastecimento foram bem distribuídos, mas não foi servido isotônico no final (única ressalva a fazer). O número de banheiros químicos era bom e o guarda-volumes estava bem organizado.
O lugar mais seguro para deixar o carro era o estacionamento do Ginásio do Ibirapuera, bem próximo à largada. Preço único: R$ 30,00. Meio salgado, mas com a certeza de que seu carro estará lá no final da prova. Logo cedo, por volta das 07:00h, já havia um enxame de "flanelinhas" na proximidade da largada; incrível como eles ficam sabendo dessas provas! Muita gente estacionou mais longe e veio andando por dentro do Parque, mas não sei dizer o quanto eles tiveram que caminhar; não sei se compensa.

A Corrida. Depois de uma semana de sol escaldante, os corredores receberam um presente na hora da largada: uma manhã de clima fresco, sem sol. Parecia um milagre. O percurso, segundo o site do evento, era quase 100% plano. Com base nessa informação, fui num ritmo relativamente forte nos primeiros cinco quilômetros. Porém, por volta do sexto, vi que a informação não era das mais precisas, pois a subida da Rubem Berta é bem inclinada e bem longa, durando quase um quilômetro. Mas logo depois vem um trecho em declive que permite recuperar o gás.
Nos últimos quilômetros, procurei manter um ritmo médio para concluir em menos de uma hora; e consegui, chegando ao final em 58 minutos, com batimento cardíaco médio de 175bpm e gasto de 875 calorias.
Me inscrevi nessa prova sem muitas expectativas, basicamente prá não ficar parado, já que perdi a inscrição para o Ayrton Senna Racing Day, que aconteceu no mesmo dia. Acabei fazendo um bom treino para a Track & Field, onde quero baixar tempo. Mas, no final das contas, gostei da prova, sobretudo pela novidade de correr perto do Parque do Ibirapuera. A medalha fornecida ao final é bem legal e a prova é daquelas que vale a pena disputar. É mais uma da yescom que eu recomendo.







domingo, 25 de outubro de 2009

Corrida pela Paz- WTC Corpore

No dia 11 de outubro de 2009, foi realizada a Corrida pela Paz, com largada e chegada sobre a Ponte Estaiada, em S.Paulo. O percurso de 8KM era quase todo plano, com exceção dos trechos em que se passa na própria Ponte.
Apesar de ser disputada num feriado prolongado, e de ser uma prova curta, a Corrida pela Paz teve cerca de 3500 participantes, número confortável, pois a prova não fica vazia e nem abarrotada de gente.
Organização da prova. Apenas razoável. Um pouco abaixo do padrão Corpore. Havia dois bons estacionamentos particulares, situados bem próximos da largada. Preço único: R$15,00, sem tumultos para chegar ou sair com o carro. Havia poucos banheiros químicos, o que gerou algumas filas. O evento oferecia vestiários, mas eram muito pequenos, sendo utilizados, também, por funcionários que enchiam os balões de gás fornecidos aos corredores, na hora da largada. O guarda-volumes foi o ponto fraco da organização, pois as mochilas foram deixadas sobre a grama; conclusão: os pertences dos corredores foram devolvidos sujos de terra; sem falar nas filas para retirar as mochilas, totalmente desorganizadas e com empurra-empurra; nem na Meia do Rio, com 17mil pessoas, vi tanta bagunça no guarda volumes; os pontos de abastecimento eram bons, situados a cada 2,5KM; foi fornecido gatorade gelado no final da prova; apontei algumas dessas falhas acima na pesquisa de satisfação que me enviaram por e-mail, no dia seguinte à prova. Tomara que tenham lido e façam alguma coisa na próxima edição.
Kit da prova. Fraco. Camiseta de ótimo material, mas muito simplória; já vem com aspecto de usada. A medalha também é bem simples.
Meu desempenho na prova. Meu tempo foi de 46minutos. Dois fatores me impediram de cravar 44:00 (o que daria uma média de 11KM/h): a largada é na subida da Ponte Estaiada; é um aclive considerável e muito estreito, o que comprometeu meu tempo no primeiro quilômetro, pois os corredores ficaram muito espremidos nesse trecho; prá tentar recuperar o tempo, dei um gás nos 06KM de trecho plano, pela marginal Pinheiros; melhorei a média, mas pelo esforço, não consegui dar um sprint no final, pois o último trecho também é de subida longa, na outra mão da Ponte estaiada. Mas considerei o resultado bom, pois desde a Track & Field eu não fazia uma prova com intenção de baixar tempo.
Valeu como preparação para o mês de novembro que vem por aí, com três provas de 10KM, minha distância favorita.
Com todas as ressalvas acima, vale a pena participar da WTC Corpore-Corrida pela Paz, desde que você não vá com muitas expectativas.

domingo, 20 de setembro de 2009

Meia-Maratona Internacional do Rio- Ambiente e Organização da Prova

Dada a magnitude da meia maratona internacional do Rio de Janeiro, disputada dia 06 de setembro de 2009, dividi em dois posts meus comentários acerca da prova. Neste primeiro, vou descrever todo o clima que antecedeu o evento e a eficiente organização da yescom. No segundo post, vou falar da minha viagem, da hospedagem e da minha experiência em correr os 21KM pela primeira vez.
Retirada do Kit- A entrega do kit da prova se deu ao lado do Museu de Arte Moderna, o MAM, que fica na praia do flamengo. Havia uma fila, no sábado que antecedeu a prova, de mais ou menos 50 corredores. Mas eram tantas pessoas entregando os kits, que a fila se dispersou em menos de 10 minutos. Ótima organização. O kit continha, além de alguns brindes, um guia da prova e a camiseta, de ótimo material (Adidas Climalite), bem melhor que a camiseta do circuito das estações, também da Adidas.
Ambiente da prova- A Meia do Rio teve sua largada em S.Conrado, com chegada no Aterro do Flamengo; em razão disso, muitos "maraturistas" preferiram, como eu, se hospedar no Flamengo, próximo à linha de chegada. Em consequência, as ruas do Flamengo no sábado à tarde estavam totalmente tomadas por atletas; só se via gente andado com a sacolinha do kit da prova, tênis e camisetas de outras corridas; sem exagero, num raio de três ou quatro quarteirões, só se falava na Meia do Rio.
No hotel em que eu me hospedei (Windsor Flórida), só se viam corredores chegando e fazendo o check in na recepção. O café da manhã do hotel, no dia da prova, foi antecipado para às 05:30 da manhã, para não atrasar os atletas. Para se ter uma idéia de quantos corredores estavam no hotel, houve uma imensa gritaria no sábado à noite, quando o Brasil marcou seus gols contra a Argentina, pelas eliminatórias da Copa do Mundo; ou seja, ninguém saiu do hotel, em pleno sábado à noite, no Rio, para descansar bastante na véspera da prova.
No domingo, dia da corrida, desci às 06:00h para tomar café (a largada era às 09:00h); para descrever o restaurante do hotel, imagine uma praça de alimentação de shopping, com mais de 200 pessoas, todas com camisetas de corrida. Era isso: inacreditável! Acho que 90% dos hóspedes do hotel estavam ali por causa da prova.
Organização da prova- No dia da corrida, para não me atrasar, saí do hotel às 06:45h; fui de táxi e cheguei no local da largada às 07:10h, sem trânsito e sem transtornos. Já havia umas 1000 pessoas no local; bastante gente pelo horário, mas quase nada perto das 17mil que participaram da corrida; e não havia outras provas simultâneas de 05 ou 10KM não: todos correram os 21KM.
Para se ter uma idéia do tamanho do evento, havia quase 01KM de banheiros químicos próximos à largada; os banheiros estavam muito limpos, tinham torneira, papel toalha, papel higiênico e até espelho; eram tantos, que não havia filas; usei pela última vez às 08:45h, em ótimas condições de limpeza e sem tumultos.
Em razão da largada e a chegada se situarem em locais distintos, os guarda-volumes eram dentro de ônibus, que levaram os pertences dos atletas até a chegada; bastava procurar o ônibus pelo seu número de inscrição. Tudo muito fácil e eficiente.
Na largada, havia separação dos atletas de acordo com o pace (tempo que o corredor leva para concluir 01KM); isso é fundamental para evitar tumultos e acidentes, desde que os corredores respeitem as marcas.
Caminhei cerca de 15 minutos até passar na linha de largada (onde o tempo dos corredores começa a ser cronometrado); nesse momento, todo mundo dá aquele tchauzinho para a câmera da Globo e engrossa o coral da música do Esporte Espetacular, marcando o ritmo da música com palmas; é de arrepiar!
O bom humor do carioca é demonstrado em vários momentos; antes da largada, circulavam entre os corredores vendedores de banana (para evitar cãimbras) e vendedores de carboidratos em gel (essa eu nunca tinha visto!). Dei muita risada. Por volta dos 10 minutos de prova então, já havia gente gritando nas ruas: "Podem ir devagar que o Keniano já ganhou...".
Durante o percurso, havia postos de hidratação fornecendo água e, num deles, gatorade bem gelado. Na chegada, tudo normal e bem organizado; foi fornecido mais isotônico, os ônibus de guarda-volumes estavam bem próximos e o chip de cronometragem foi devolvido pelos atletas sem tumultos; a medalha de conclusão da prova é nota 10, das melhores mesmo.
Nada a reclamar da organização da prova. Pelo menos nessa, a yescom está de parabéns, já que na maratona de S.Paulo muita gente reclamou.

Meia-Maratona Internacional do Rio- A viagem e a minha experiência na prova

A viagem. Saí de Guarulhos e desci no Galeão. Dizem lá no Rio que, nos dias de semana, o trajeto do Galeão até o Flamengo pode demorar até uma hora e meia, pois o trânsito lá está ficando muito parecido com o da cidade de S.Paulo; mas no sábado, cheguei no hotel em 20 minutos. Logo nas esteiras de retirada bagagem do Galeão, já é possível contratar taxistas de confiança; você faz o pagamento adiantado (até com cartão de crédito ou débito) e, quando sai do aeroporto, já tem um taxista te esperando; basta entregar o comprovante de pagamento para ele e dizer o destino.
Retornei na segunda-feira, feriado, às 14:30h, chegando em Congonhas, às 15:30h. Fiz a ida e volta pela Gol, sem transtornos; a empresa conta com um serviço de auto-atendimento nos aeroportos (semelhante aos caixas eletrônicos dos Bancos), no qual o próprio passageiro faz o seu check in, auxiliado por uma funcionária da empresa aérea; com isso, você ganha tempo, pois só precisa pegar uma fila minúscula para despachar sua bagagem. Bem rápido mesmo, vale a pena.
A experiência da primeira meia-maratona- Pela primeira vez corri a distância de 21KM; gosto mesmo das provas de 10KM, mas queria correr uma prova longa em 2009 para, nos próximos anos, começar a correr ao menos uma meia-maratona anualmente.
Logo após a largada, em S.Conrado, você já encara a única subida ao longo da prova; ela é longa mas não é muito inclinada; serve para aquecer bem; o bom é que você não perde o mar de vista em nenhum momento; você passa em trechos de periferia, bem simples, mas com muita gente parada vendo você passar; todos incentivam os corredores, nas janelas ou nas calçadas, com aplausos e gritos de apoio.
Logo que a subida termina, vem uma grande descida (perto do terceiro quilômetro); daí pra frente é só praia: você passa por Ipanema, Leme, Copacabana, Botafogo, até chegar ao Flamengo; é lindo demais e com muita gente te aplaudindo, do primeiro ao vigésimo primeiro quilômetro; parece que o carioca sabe, por ser um esportista nato, o quanto é difícil concluir uma meia-maratona.
Há postos de abastecimento a cada três quilômetros, mas o primeiro deles só aparece no KM04; é importante essa informação, pois é difícil encontrar outra prova em que o primeiro posto demore tanto para aparecer; num dia quente, pegar uma subida logo de cara e demorar para se hidratar pode ser perigoso. Mas no dia da prova a temperatura era de apenas 23 graus (que sorte!)
Como eu nunca tinha corrido 21KM antes, procurei manter uma velocidade bem confortável, entre 09 e 10KM/h; passei pelos 10KM perto de 60 minutos. Depois disso, a temperatura subiu (ou a sensação térmica subiu), ficando mais difícil manter a velocidade; mais ou menos no KM 13, havia um posto de gatorade; o isotônico estava bem gelado e ajudou bastante; também consumi carboidrato em gel no KM 12; não senti fome nem fraqueza durante o percurso, pois caprichei no carboidrato no sábado e no café da manhã, antes da prova.
Por volta do KM 17, começou uma dorzinha chata na sola do pé, mas nada que me impossibilitasse de concluir a prova; só diminuí um pouco o ritmo, prá garantir. Não senti dores musculares, nem cãimbras.
Perto da chegada, já no Aterro do Flamengo, você faz uma curva e um retorno que permitem ver quanta gente ainda está atrás de você; isso acaba te incentivando nos últimos dois quilômetros. No último, você já vê uma centena de tendas de equipes de corrida, já ouve a música e o locutor. Aí, não tem mais dor ou cansaço que atrapalhem.
A sensação de concluir pela primeira vez os 21KM é muito boa; é interessante descobrir nossos limites, não só físicos, mas de um modo geral. Isso nos permite prever como reagiremos diante de determinadas situações extremas.
Acho que foi uma boa escolher o Rio para a minha estreia nas Meias-Maratonas; um desafio tão grande não poderia se em qualquer lugar.
Meu tempo foi bem alto: 02h38min, com gasto calórico de 2290 calorias; mas, por outro lado, mostra que eu consigo correr 02h38min sem parar e sem caminhar em nenhum momento; sem dúvida, minha resistência aumentou e isso me ajudará nas provas de 10KM.
Finalizando, está mais do que recomendada a meia-maratona internacional do Rio; é uma prova diferenciada em todos os aspectos; vale a pena conhecer.

sábado, 15 de agosto de 2009

Mizuno 10 milhas- S.Paulo

No dia 02 de agosto de 2009, pela primeira vez em S.Paulo, foi disputada a Mizuno 10 milhas. A possibilidade de disputar uma prova com distância intermediária (16KM), parece ter atraído os corredores: foram mais de 6mil inscritos, apesar de a prova ter sido disputada na mesma data da meia-maratona de S.Bernardo do Campo.
Mas as novidades não pararam por aí. A 10 Milhas teve características próprias, algumas delas inéditas, que deram um estilo todo peculiar à prova. As distâncias percorridas eram informadas em quilômetros e em milhas; a largada teve separação por sexo; as camisetas tinham cores diferentes para homens e mulheres (azul e rosa); ao final, foi fornecido isotônico powerade, bem gelado.
Particularmente, não vi grande utilidade nessas inovações. Não entendi o porquê da separação por sexo; acho que seria mais inteligente uma separação por perspectiva de tempo, para que pessoas com ritmos diferentes não ficassem muito próximas, evitando acidentes, e dando mais conforto aos corredores. Acho que isso seria mais seguro para as mulheres do que, simploriamente, separá-las dos homens.
As camisetas não tinham a qualidade dos melhores produtos da Mizuno. Mas são boas, não esquentam muito e têm boa ventilação.
O isotônico powerade, (que é chamado de hidrotônico pelo fabricante) é outro item que ajuda a dar uma "americanizada" na prova; é bem gostoso e já é visto à venda em alguns supermercados, por enquanto com poucas opções de sabor. Mas comparando as suas informações nutricionais com as do gatorade, atente para o fato de que o powerade tem bem menos sódio; segundo minha nutricionaista, Aline Nanzer, o sódio deve ser reposto satisfatoriamente quando se transpira muito; não sei se, nesse aspecto, o powerade dá conta do recado.
A organização na chegada à USP foi boa; não se entrava pelo tradicional portão da academia de polícia, mas mesmo assim era possível estacionar por ali, facilitando a saída. O que deixou a desejar, foi a separação dos corredores num trecho de mão dupla. Enquanto os corredores da elite já voltavam, em alta velocidade, o pessoal lá de trás vinha, lentamente, pela pista errada; fizeram uma ineficiente divisão com cones que, evidentemente, não funcionou.
Minha experiência na prova. Me inscrevi na 10 Milhas para disputar, pela primeira vez, uma prova oficial com distância superior aos 12,5KM da Corpore. Seria uma espécie de vestibular para as meias-maratonas e acredito que aprendi algumas lições, fundamentais para quem é acostumado a correr 10KM e quer aumentar as distâncias. A primeira delas, diz respeito à alimentação: comi a quantia que costumo ingerir quando corro 10KM e vi que não é suficiente; tive um pouquinho de fome a partir do KM 14; para correr 21KM, tenho que comer mais.
Também aprendi que não dá prá correr prova longa somente movido a água: um isotônico ou carboidrato em gel, no meio da prova, é essencial. Finalmente, como já haviam me avisado, é possível que o corredor sinta um pouco de dor na sola do pé a partir do KM 14, mais ou menos, mesmo utilizando um tênis adequado. Eu senti. Nada que me atrapalhasse, mas a dor foi perceptível. Agora, sabendo de tudo isso, vou para a meia-maratona internacional do Rio, dia 06 de setembro, já sabendo como meu corpo vai reagir ao desgaste, sobretudo após os 12KM.
Minha impressão sobre a prova. Mesmo com as ressalvas acima, gostei da Mizuno 10 milhas e a recomendo. Fui devagar, prá ver se aguentava e, principalmente, como meu corpo reagiria. Ótimo teste. Mas a 10 milhas também é uma ótima prova para quem quer baixar seu tempo na meia-maratona. A São Silvestre (15KM), é praticamente a única opção de distância intermediária entre os 10 e 21KM, razão pela qual as provas com essas quilometragens são sempre bem vindas, principalmente quando podem ser disputadas em duplas, como é o caso da 10 milhas. Meu tempo: 01h53minutos, com gasto calórico de 1610 calorias.

sábado, 8 de agosto de 2009

Hotel Ibis facilita a vida dos corredores

O tradicional Hotel Ibis, com unidades nos quatro cantos do Brasil e em outros países, possui uma interessante promoção destinada aos corredores de rua. Se você fizer sua reserva via internet, comprovando que disputará alguma prova naquele fim de semana, sua diária será de apenas R$ 59,00. Mesmo tendo que pagar estacionamento e café da manhã à parte, o preço é muito convidativo.
Apesar de não ser um hotel de luxo, o Ibis dá conta do recado. Principalmente se você escolher se hospedar na unidade do Morumbi, na Av.Roque Petroni, que fica num local estratégico. Afinal, a maioria das provas são realizadas na cidade universitária (USP), que fica muito próxima dali (uns 10 minutos no domingo de manhã).
Na noite que antecede a prova, você pode jantar no Morumbi Shopping, que fica em frente ao hotel, e possui uma excelente praça de alimentação, com muitos restaurantes bons e fast food de todo tipo. O cinema do shopping também é diferenciado, com poltronas numeradas.
O café da manhã do Ibis Morumbi é servido das 06:30h até o meio-dia (quando se encerra a diária); ou seja, dá para tomar um café leve antes da corrida e outro mais generoso depois, após tomar um banho na ducha à gás, muito boa, que equipa as suítes.
No dia da prova, você pode ir de carro ou de táxi. Provavelmente você vai encontrar outro hóspede corredor que se ofereça para rachar o táxi com você.
No dia da Mizuno 10 milhas (02 de agosto), experimentei esse serviço do Ibis Morumbi. Quando desci às 06:20h (pensando que ia ser o primeiro a tomar café), dei de cara com uns 40 corredores, todos prontos, aguardando para comer e se mandar prá USP.
Gostei da ideia e recomendo, inclusive para ir acompanhado. Você terá um fim de semana diferente. E prá quem mora em S.Bernardo do Campo, como eu, também valeu a pena porque ganhei uma hora de sono a mais, por já estar tão perto do local da prova.
Para mais informações, acesse http://www.ibishotel.com.br/ e clique em promoções.

domingo, 19 de julho de 2009

Super 9k- Montevérgine- Autódromo de Interlagos

No dia 09 de julho, feriado estadual em S.Paulo, corri a Super 9K Montevérgine, no autódromo de interlagos. Para quem pretende disputar o Ayrton Senna Racing Day, em novembro, essa prova é um bom treino. Era permitido dar apenas uma volta completa no circuito (4,5KM), ou duas voltas.
Inscrições- A prova é organizada pela yescom e teve as inscrições abertas até praticamente a véspera da corrida. Acabou sendo uma boa para quem perdeu a inscrição da Adidas, que esgotou muito cedo na edição de 12 de julho de 2009. O valor da inscrição foi de R$45,00.
Kit da Prova- o Kit da corrida contém sacola esportiva, produtos da Montevérgine e a camiseta da prova, azul de manga comprida, de ótimo material; é fina e não esquenta muito, adequada para encarar as subidas "quentes" do autódromo. O kit foi retirado num shopping, na av.Turiassu, em S.Paulo; o único problema, é que a retirada se deu apenas nos dias 07 e 08 de julho (terça e quarta-feira, dias úteis). Isso deve ter atrapalhado muita gente.
Organização do evento- A Prefeitura de S.Paulo apoiou a realização dessa prova, o que facilitou a chegada ao autódromo; funcionários da CET agilizavam o acesso na entrada; eram 3500 corredores e sobraram vagas de estacionamento dentro do autódromo; os guarda-volumes estavam bem posicionados e havia muitos banheiros livres e limpos; ninguém precisou usar os banheiros químicos. Os postos de abastecimento estavam bem distribuídos ao longo da prova, mas não foi fornecido isotônico ao final da corrida. O chip já havia sido entregue junto com o kit da prova. A medalha entregue aos que concluíram o percurso é dourada, muito bonita. O único empecilho mesmo é ter que trafegar na av.Interlagos; mesmo no feriado, sem ninguém na rua, é impossível andar mais de cem metros sem parar num dos semáforos, que não são sincronizados de forma lógica; quem estiver atrasado se complica, mesmo sem congestionamento.
A prova- A largada se deu pontualmente às 8:00h, para as duas distâncias. Quem já participou do Ayrton Senna Racing Day, que é disputado na forma de revezamento, está acostumado com uma largada mais tranquila do que foi a Super 9K. Isso porque no ASRD menos corredores largam: a maioria aguarda a sua vez de correr, revezando. Já na super 9K eram 3500 corredores. Não é tanta gente assim, mas como logo após a largada já vem o "S" do Senna, que é estreito, quem estava lá no miolo teve que reduzir um pouco a velocidade. Mas logo depois do segundo quilômetro, quando a pista é mais larga, tudo se resolveu.
O dia estava lindo e o sol chegou a brilhar forte (cerca de 25 graus, em pleno inverno); o autódromo possui três subidas ao final de cada volta; na primeira volta, você só acha "pesada" a última subida, que além de muito íngrime, é inclinada, obrigando você a correr com os pés em desnível por quase um quilômetro; mas na segunda volta, com o calor e o cansaço, as três subidas ficam fortes; quem não treina subida sente mesmo. Na segunda volta, 90% dos corredores subiram andando o último trecho.
Logo após essa última subida, quando se conclui a primeira volta, vem novamente o "S" do Senna e uma série de descidas longas; é recomendável não se empolgar nessas ladeiras, prá não ter que subir andando depois. Concluí a prova em 56:30min.
Conclusão sobre a prova- Vale a pena correr a Super 9k, desde que você não esteja iniciando seus treinos, porque as subidas são muito pesadas, exigindo muito dos glúteos e panturrilha. Também vale a pena por se realizar em Interlagos: é muito legal correr no autódromo, pois você sai da rotina de provas sempre dentro da USP. A corrida também é uma boa opção de lazer para quem não viaja nesse feriado, especialmente quando ele cai num dia de semana sem emenda. Já incluí essa prova no meu calendário do ano que vem. Veja minha foto na última subida clicando abaixo:

sábado, 11 de julho de 2009

Track & Field Run Series- 10K-S.Paulo- 28/06/2009

Depois de ouvir falar tão bem sobre a organização das corridas TF Run Series, resolvi participar da edição de junho de 2009, realizada no Shopping Villa Lobos, em S.Paulo. As inscrições da prova são limitadas, salvo engano, a 2500 corredores; o preço não é dos mais baratos: R$110,00. Mas percebi que isso é necessário para que a prova se torne viável, sem tumultos, sem superlotação e com uma organização diferenciada.
Pelo que apurei, não é tarefa fácil conseguir se inscrever; não que o site da prova seja ineficiente, mas o problema é que as inscrições acabam muito rápido, pelo fato de serem limitadas; só consegui participar porque uma atleta que se inscreveu regularmente, não pôde correr e aceitou me vender o kit de inscrição.
Chegada ao local do evento. Saí de S.Bernardo do Campo às 06:45h e cheguei no shopping Villa Lobos às 07:15h. Era permitido usar o estacionamento coberto, no subsolo do shopping; desde a entrada, havia seguranças indicando qual trajeto você deveria seguir, até encontrar sua vaga; o estacionamento era preenchido gradativamente, de forma coerente e organizada; ao sair do carro, você já entra no elevador ou escada rolante, passa em frente ao guarda-volumes e chega ao piso térreo do shopping; lá, o cenário é o seguinte: todas as lojas fechadas, com um monte de gente correndo, se alongando, sentadas no chão e curtindo uma boa música eletrônica, tudo dentro de um shopping. Bem diferente.
Retirada do chip. Foi tranquila, sem filas, e se deu no estacionamento externo do shopping, no próprio andar térreo, próximo ao local onde ficam as tendas das equipes de corredores.
Kit da prova. Nesta edição, a camiseta era de manga longa, na cor vinho, e de um material levíssimo, que não incomoda, não pesa muito e nem esquenta demais. Só a camiseta já vale os R$110,00 da inscrição. O kit ainda continha uma meia esportiva muito boa, um desodorante e uma garrafinha para isotônico.
A corrida. Devido ao número limitado de corredores, a largada foi tranquila, mesmo para quem saiu um pouco mais atrás. A prova começou pontualmente às 08:00h. Desde o início, havia espaço suficiente para fazer alguma ultrapassagem, sem riscos. O percurso é quase todo plano. Só há duas subidinhas, na ida e volta da ponte Jaguaré, por volta do sexto quilômetro; mas nada que atrapalhe quem treina subidas de vez em quando. Como sempre acontece em provas planas, lá pelo KM 05 você já está cercado de gente que está no mesmo ritmo que você; caso ninguém acelere muito, ou se canse no final, vocês chegam todos juntos no décimo quilômetro.
Meu tempo. Queria correr em menos de uma hora. Para ter uma boa margem de folga, procurei correr cada KM em 05:30min e consegui. No último quilômetro, dei uma boa acelerada e fiz em 05:10 (quase 12KM/h). Meu tempo final foi 54:50min, com velocidade média de 11KM/h.
Minha impressão sobre a prova. Realmente a Track & Field Run Series é diferenciada, agradando inclusive os corredores mais exigentes; é muito organizada e possui muitos diferenciais: pessoas bonitas, kit compatível com o preço da inscrição, possibilidade de utilizar estacionamento e banheiros de um shopping, medalha e camisa muito bonitas. Até a entrega da medalha é diferente: as meninas fazem uma festa para cada corredor que chega; não parece que elas estão lá trabalhando, mas sim se divertindo. A saída do estacionamento também foi bem fácil, sem transtornos. Depois de disputar essa prova, você vai ficar mais exigente e compreenderá porque as inscrições são tão concorridas...
Nota: disputei novamente a prova, no dia 29 de novembro de 2009; a organização continua ótima e o kit também. Meu tempo melhorou: 54min e 42segundos.

domingo, 7 de junho de 2009

Circuito das Estações Adidas- Rio de Janeiro

No dia 08 de março de 2009, participei da etapa de outono do circuito das estações Adidas, no Rio de Janeiro. A prova é muito boa de se correr e não custa caro, mesmo indo de avião e se hospedando bem, desde que você se programe com antecedência.

A viagem. Comprando sua passagem com antecedência, você pode voar pela Gol, partindo de Guarulhos e pousando no Galeão, por R$ 99,00 (http://www.voegol.com.br/). Por esse preço, há um voo que sai no sábado na hora do almoço, chegando no Rio uma hora depois; a volta, é às 19:30h do domingo; ou seja, dá prá correr, passear e descansar.
Mesmo gastando com táxi do Galeão até o seu hotel, ou da sua casa até Guarulhos, financeiramente vale a pena fazer essa rota, pois as passagens partindo de Congonhas, geralmente, custam três vezes mais caro. Para se programar melhor, consulte as datas das provas da Adidas no Rio, por meio do site http://www.o2porminuto.com.br/.

Hospedagem. Por ser uma cidade turística visitada por pessoas de todo o planeta, a rede hoteleira do Rio é imensa. Jogue "hotéis no RJ" no google e se divirta: tem prá todos os gostos e bolsos. Como a largada e chegada da prova se dão no aterro do Flamengo, sugiro que você se hospede perto de Copacabana. A via que leva ao aterro fica fechada aos domingos, a partir das 07:00h, mesmo quando não tem corrida por lá. Programe-se para chegar à largada antes desse horário.

A corrida. Logo que você chegar ao local da prova, já vai começar a visualizar diferenças gritantes entre a prova do Rio e de SP. Enquanto aqui em sampa é aquele stress prá se chegar (falta de estacionamento, flanelinhas exigindo pagamento adiantado etc), lá no Rio todo mundo chega à pé, andando calmamente; a quantidade de casais corredores é impressionante, assim como o número de tendas de equipes de corrida: havia dezenas por lá, muito mais do que aqui. E as equipes são grandes, com 30 ou 40 integrantes, usando as mesmas camisetas.
Na edição de março de 2009, foram 10 mil inscritos (o dobro de SP); isso pode ter duas explicações: ou porque o carioca gosta mais de corrida mesmo (o que é normal numa cidade litorânea), ou porque no Rio também há a opção de correr somente 05KM (em SP todos correm 10KM).
O percurso da prova (que eu fiz questão de não conhecer antecipadamente), é cem por cento plano; mesmo com tanta gente, é possível pensar em baixar tempo, pois a pista é larga. Mas se você preferir só se divertir (como eu fiz), paisagens bonitas prá olhar durante o trajeto não vão faltar: praia, bondinho, cristo redentor (nem compare com o percurso de SP prá não ficar chato).
Aquela dica manjada prá corridas à beira-mar não pode ser esquecida: use boné e protetor solar. No dia da prova, o céu amanheceu meio nublado, mas lá pelo terceiro quilômetro abriu um sol de rachar; quem não se protegeu teve problemas.
No final da prova, havia uma tenda enorme com frutas à vontade; tinha gente contratada pela gatorade, só prá perguntar se o isotônico que você acabou de beber estava gelado ou não; e você podia tomar quantos copos precisasse. Não presenciei filas nos guarda-volumes nem nos banheiros químicos.
O kit da prova foi retirado na loja da Adidas do shopping leblon; o único problema é que, ao final da prova, não é fornecida aquela toalhinha esportiva, na cor da camiseta, como acontece aqui na prova de SP; uma pena, pois ela é ótima prá ser usada nas academias.

Meu roteiro no dia da prova. Após a prova, voltei para o hotel, tomei meu segundo café rapidinho e fui conhecer o Cristo Redentor; antes de você ir, dê uma olhada lá do aterro mesmo, pra ver se Ele está visível, pois mesmo nos dias de sol, às vezes a imagem é encoberta pela neblina; vá de táxi até onde todos estacionam e, de lá, suba de Van; elas passam de minuto a minuto e chegam lá em cima muito rápido; têm ar condicionado e são bem espaçosas. Lá em cima, não preciso nem falar: só vendo! É lindo demais.
De lá, eu fui conhecer o estádio do Maracanã; por um preço simbólico, você entra nos vestiários, no hall da fama e até no gramado! Ótima opção, até prá quem não gosta de futebol. Na volta para o hotel, ainda passamos pelo sambódromo, por outros estádios de futebol, tudo muito bonito.
Com relação à violência (que preocupa todos que pensam em ir para o Rio), prá não dizer que eu não vi nada, me chamou a atenção as pessoas que ficam lavando vidros de carros nos semáforos; são adultos que já chegam molhando os vidros, sem perguntar nada; mas se você estiver de táxi eles não vão em direção ao seu veículo. No mais, tome os mesmos cuidados que você toma em SP; não se esqueça que aqui em S.Paulo, há muitos anos, nós também não podemos andar a pé à noite, não ficamos à vontade com os vidros do carro abertos, sempre conhecemos alguém que já foi assaltado etc. Não é muito diferente de lá não.
Mesmo fazendo tudo isso, ainda deu tempo de descansar uma hora e meia no hotel, antes de ir para o aeroporto. Em suma, vale a pena correr a prova da Adidas no Rio em todos os sentidos: pela prova e pela viagem.





domingo, 24 de maio de 2009

Corrida da Corpore 12,5KM- 24 de maio de 2009

Como etapa da minha preparação para correr a meia-maratona do Rio de Janeiro, em 06 de setembro deste ano, participei da corrida de 12,5KM da Corpore, na Cidade Universitária, em S.Paulo. A corrida também foi disputada na distância de 25KM, quando os corredores deram duas voltas no mesmo percurso.
Quase 5.000 corredores participaram da prova, que teve algumas inovações na organização, especialmente com relação à retirada dos kits, que se deu no dia da corrida. Não houve filas, mas como a largada foi marcada para às 7:30h, (mais cedo do que de costume), sobrou pouco tempo para os atletas retirarem os kits, se dirigirem ao guarda-volumes e ainda dar aquela passadinha no banheiro. Muita gente acabou largando alguns minutos depois dos primeiros, sem se alongar e sem se aquecer.
A camiseta da corrida (muito bonita), somente foi entregue ao final da prova, com a devolução do chip. Os atletas também receberam lanche, frutas, iogurte e isotônico, bem gelado. Estava fácil estacionar, mas a Praça do Cavalo (local onde se retiravam os kits) fica muito longe do Portão 01, por onde todos obrigatoriamente entravam de carro; quem estava atrasado teve que apertar o passo.
O percurso não é dos mais difíceis. No site da prova, havia um gráfico de altimetria indicando que havia duas subidas no percurso: uma logo no primeiro quilômetro e outra depois do décimo. Mas essa primeira subida é imperceptível, não dá nem prá ajudar a aquecer; e a segunda é bem acentuada, mas bem curta, nem chegando a interferir na frequência cardíaca. Logo, não atrapalharam ninguém. A distribuição dos postos de abastecimento foi muito boa e não houve congestionamentos para pegar água ou gelo.
Durante o trajeto, os corredores foram brindados com uma mini-escola de samba que toca muito bem; são mais ou menos uns 15 adolescentes, com maestro e tudo, que vêm comparecendo a todas as corridas organizadas pela Corpore; tocam como gente grande e o som da bateria dá uma animada geral nos corredores.
Meu objetivo na corrida. Escolhi essa prova como preparação para correr distâncias maiores. Eu nunca havia passado dos 10KM, ao menos oficialmente. Como pretendo correr os 21KM no RJ a uma velocidade de 10KM/h (bom ritmo para uma estreia), experimentei correr os 12,5KM nessa velocidade, do início ao fim; consegui essa marca em cima da pinta: passei pela marca dos 10KM em uma hora e terminei o percurso em 01h15min. Missão cumprida! Não me senti cansado ao final; acho que dava para ir um pouco mais longe. Isso já é resultado dos "longões" (treinos longos, acima de 10Km), que venho realizando sob os cuidados da minha treinadora Christina C. Draheim.
Conclusão final sobre a Corpore 12,5K- Gostei da prova e recomendo. Mas como não é muito comum uma corrida ter a distância de 12,5KM, fica difícil comparar seu desempenho nessa prova com o de outras de mesma distância. Como início de preparação para desafios maiores, acho que é uma boa pedida.

Abaixo, minha foto pós-prova. À direita, Rosângela Morgado, minha gerente de logística e marketing, idealizadora deste blog; à esquerda, minha médica, Tayrine Mazotti.




sábado, 23 de maio de 2009

Correr ouvindo música

Quem tem o bom hábito de correr regularmente, geralmente o faz ouvindo boa música em seu ipod ou celular. Todos dizem que a música dá um ânimo maior, mas nem sempre sabem o que esse som agradável produz efetivamente em nosso organismo, durante uma corrida.
No final de 2008, o canal a cabo Sportv exibiu um documentário, no programa Sportv Repórter, apresentado por Luis Roberto (narrador esportivo da TV Globo), divulgando o resultado de estudos realizados por universidades americanas, acerca do tema correr ouvindo música.
Nessa pesquisa, os cientistas concluiram que a música age da seguinte forma: enquanto corremos, nosso corpo vai apresentando reações diversas, à medida em que nosso esforço aumenta; quando estamos próximos do nosso limite, nosso cérebro dá um comando para que o organismo produza o chamado ácido lático, que nada mais é do que um mecanismo de defesa do nosso corpo; é um aviso de que estamos chegando ao nosso limite, de forma que prolongar o exercício nessas condições pode trazer consequências negativas, tais como lesões, tontura etc. É o ácido lático que causa aquelas dores na panturrilha, por exemplo.
Com os estudos realizados, concluiram os americanos que a sensação de prazer causada pela música agradável acaba "enganando" nosso cérebro; ele demora mais tempo para perceber que estamos próximos do limite, retardando a produção do ácido lático; com isso, corredores de fundo (como são chamados os especialistas em longas distâncias) acabam chegando mais longe, aumentando sua resistência em até 20%.
Pode parecer pouco, mas quem corre uma maratona (42KM), pode até correr uns 08KM a mais, com o auxílio da música e de um bom treinamento.
É claro que o ritmo musical adequado é aquele que o corredor mais gosta. Tem até gente que corre ouvindo música clássica, ou MPB, como já divulgou o programa "Vamos Correr" da ESPN Brasil (sextas, 21:30h). Não pretendo fazer com que ninguém passe a correr ouvindo música eletrônica, como eu faço.
Mas para quem gosta do gênero, impossível não indicar a minha trilha sonora preferida: DJ TIESTO, CD elements of life. O álbum é importado (em CD e DVD duplos), mas a gravadora building records possui uma versão nacional do CD, à venda em quase todas as lojas, por preço aproximado de R$ 30,00.
A ordem das músicas é tão apropriada, que a primeira faixa "ten seconds before sunrise" possui uma megaintrodução de mais ou menos 3 minutos (sem batida eletrônica), tempo suficiente para você se aquecer, seja na esteira ou na rua. A partir do terceiro minuto, começa aquele ritmo eletrônico legal; não é aquela batedeira chata não! A música é agradável e estimulante. As faixas vão se sucedendo, uma melhor do que a outra, e quando você vê já correu uns 08 KM.
Confira no youtube, clicando nos links abaixo, alguns hits do DJ Tiesto.
* Para ouvir "everything", ao vivo, acesse http://www.youtube.com/watch?v=SzmeN06jYnQ
* A letra de "everything", para treinar seu inglês, está em http://www.youtube.com/watch?v=xWrduORp-Lw
* O maior sucesso do Tiesto é "in the dark". Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=QcgCmPtaeXo&feature=related

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Prova de Reis - S.Caetano do Sul - Janeiro de 2009

No início do mês de janeiro de 2009, foi disputada em S.Caetano do Sul a edição de número 32 da Prova de Reis. A corrida tem um percurso de 10K, que se inicia na Av.Kennedy, passando pela Av.Goiás e retornando ao ponto de partida.
A prova tem características muito peculiares, deixando transparecer aquele ar de interior que parte da cidade de S.Caetano ainda guarda, apesar de se situar tão próxima da capital paulista. Logo no primeiro quilômetro, há uma pequena subida que, superada, leva o corredor a um trecho em declive, numa área bem residencial; nessa descida, há pessoas na janela, saudando os corredores. Muito legal!
Outra marca é a enorme quantidade de pessoas de mais idade disputando a prova, principalmente homens. Você percebe, pelas conversas no aquecimento, que são idosos que disputam a Prova de Reis há muitos anos, ininterruptamente. E o mais incrível vem depois: esses senhores correm uma barbaridade! Deixam poeira prá trás quando a prova começa!
A organização da prova é bem simples, mas eficiente. Um ginásio situado ao lado do ponto de largada serve de base. Lá são retirados os kits da prova e os corredores podem utilizar os sanitários do próprio complexo. A camiseta da prova em 2009, na cor branca, era bem legal; não é feita com material de alta tecnologia, mas não esquenta e não encolhe. A medalha, fornecida a todos os corredores que concluem a prova, é das mais bonitas, mesmo comparada com aquelas fornecidas nas grandes provas.
Como a prova é disputada no mês de janeiro, alguns cuidados devem ser tomados com relação ao calor e à hidratação. Na edição de 2009, o dia amanheceu nublado, com um ventinho que chegava a desaquecer antes da largada. Mas lá pelo quinto quilômetro, o céu se abriu e a temperatura subiu bastante, pegando de surpresa quem estava sem boné e sem protetor solar. Nos últimos quilômetros há uma subida pequena, mas bem acentuada, que leva à avenida Goiás; essa subida aumenta ainda mais a temperatuta do corredor. Alguns atletas tiveram que percorrê-la andando. Estavam mal hidratados. O fato de a prova ser disputada logo após as festas de fim de ano também prejudica, pois muitos corredores abusam da alimentação nesses dias; além do mais, as academias fecham e muitos atletas ficam sem treinar. Iniciar o ano com todas essas adversidades, pegando uma prova com duas subidas e muito calor, não é fácil.
Apesar de todas essas dificuldades, terminei a prova em 59 minutos; foi a primeira vez que disputei uma corrida não só para chegar ao fim, mas com o objetivo claro de concluir o trajeto em menos de uma hora. Missão cumprida!
Apesar dos trechos de aclive, acho que a Prova de Reis é boa para quem deseja tentar baixar seu tempo, principalmente porque não é congestionada; a organização limita o número de inscritos a mais ou menos 2.000 corredores.
Prá quem não consegue mais ficar um mês sem disputar alguma prova (como eu!), a Prova de Reis é uma boa pedida; mas se você estiver destreinado, devido à desacelerada natural de fim de ano, é melhor treinar em janeiro e recarregar as baterias para o ano novo.
A prova é legal mas não é impredível não.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Corrida da Riviera de São Lourenço- Ótima opção para iniciantes.

Se você começou a praticar corrida de rua há pouco tempo, gosta de correr numa praia bem tranquila, limpa e charmosa, a corrida de 06K da Riviera de São Lorenço é uma ótima escolha.
O nome do evento já dá uma boa idéia do espírito dos corredores: "Circuito de corridas dos amigos da Riviera". São disputadas várias edições ao longo do ano, geralmente em feriados prolongados, facilitando a viagem de corredores que não residem em Bertioga, nem nas demais cidades do litoral paulista.
Em cada edição, a camiseta que acompanha o Kit possui uma cor diferente; os tempos dos corredores são registrados e arquivados no site da própria Riviera; ao final do ano, apura-se quem são os campeões do circuito.
Os tempos não são cronometrados por chip, mas a marcação manual é bem feita. O percurso é bem diversificado, com trechos em asfalto, terra e areia dura, bem ao lado do mar. A prova é 100% plana, facilitando a vida dos iniciantes.
Disputei a edição de setembro de 2008 e posso dar pelo menos duas dicas: a corrida tem poucos participantes (mais ou menos 200 naquela edição), o que estimula o corredor a aumentar o ritmo, podendo trazer cansaço mais cedo do que o normal; é difícil ir devagar quando não tem ninguém na sua frente; portanto, trace um bom planejamento, no seu ritmo, e siga-o à risca, sem se empolgar.
Outro fator que merece atenção é o fato de o percurso possuir mais ou menos 02KM na areia, bem ao lado do mar; segundo estudos, aquele ventinho gostoso refrigera muito rápido o nosso corpo, impedindo que você transpire, liberando calor; com isso, sua temperatura interna aumenta bastante; não quer dizer que você entrará em estado febril, mas se forçar muito o ritmo nesse trecho, seu rosto pode ficar bem vermelho, mesmo que não esteja sol.
No final daquela edição, foi armada uma tenda com um agradável café da manhã. A medalha para os atletas que concluem a prova é muito bonita.
Se você chegar um dia antes da prova, vai perceber a presença de corredores na Riviera (todos com aqueles tênis característicos); isso é legal, pois faz você entrar no clima da prova já no dia anterior.
Dentro da Riviera, há uma praça de alimentação no shopping, onde é possível comer bem; há dois bons restaurantes self service por quilo, inclusive com massas (lembre-se que uma boa reserva de carboidratos é essencial).
Se você for se hospedar por lá, uma boa pedida é o Boulevard Riviera Flat; os preços na baixa temporada são bons; o Flat se localiza a duas quadras da praia e bem próximo do shopping e do local da largada da prova.
Prá quem quer melhorar seu tempo nos 10K, essas provas curtas são ótimas para um bom treino de tiro; se você quer correr os 10K em 50 minutos, por exemplo, pode começar a pensar em fazer os 06K da Riviera em menos de 30 minutos, ou nada feito!
Aproveite essa simpática prova, também, para descansar; é uma ótima oportunidade para fazer uma viagem legal e ter um final se semana diferente. Mais informações, no site http://www.rivieradesaolourenco.com.br/.

domingo, 17 de maio de 2009

Fila Nightrun - maio 2009- Debaixo d'água

No dia 09 de maio de 2009, foi realizada mais uma edição na Fila Nightrun, na Cidade Universitária, em S.Paulo. Quem esperava experimentar, ou reviver, apenas a sensação de correr competitivamente à noite, teve uma surpresa inesperada: caiu um verdadeiro dilúvio, desde os primeiros minutos de prova, às 20:15h, até mais ou menos 21:15h.

Antes da largada, atrações musiciais se revezaram no palco, com destaque para a animação com DJ, tocando música eletrônica de ótima qualidade, com flashbacks escolhidos a dedo. Também houve sorteios de brindes, inclusive de monitores cardíacos, indispensáveis para todo corredor. Bom trabalho da organização, que se empenhou tanto em incentivar todos a chegar bem cedo ao evento.

O kit da prova foi razoável, com a já tradicional camisa de manga longa, de cor preta nesta edição. Mas a qualidade do material da camisa poderia ser melhor; esquenta muito. Uma munhequeira antissuor poderia acompanhar o kit. Já passou da hora, também, de as camisas já serem fabricadas com o número de peito do corredor; chega de alfinetes!

Ao contrário do que acontece nas provas organizadas pela Corpore, em que todo o percurso das provas de 05K e 10K são distintos, na Fila Nightrun apenas a largada dos 05K e 10K foi separada; os primeiros cinco quilômetros foram de percurso comum, o que tornou praticamente impossível pensar em baixar tempo; ao menos para nós, amadores, que não largamos lá na elite. Isso porque foram 8.000 corredores e, além disso, havia pessoas andando já no primeiro quilômetro, debaixo daquela chuva torrencial.

Nada contra as pessoas que não querem correr, mas o bom senso sugere que elas larguem lá atrás, pois são minoria, e atrapalham os corredores, além de tornarem a corrida perigosa.

Nesta edição, não se repetiu um equívoco cometido na corrida de novembro do ano passado: pôr postos de hidratação embaixo de árvores, que são locais escuros. Ou seja, o corredor não teve que desviar dos outros em meio a copos de água, poças e escuridão.

A experiência de correr debaixo daquela tempestade foi positiva. Na próxima, já sei mais ou menos o que pode acontecer. Não suei muito; a temperatura do corpo não sobe tanto; o tênis encharca e fica pesado (senti um pouco de dor no quadríceps no dia seguinte); o calção também encharca, mas não chega a incomodar; corri com a camisa da Adidas (circuito das estações), que não ficou muito gelada durante a prova, mesmo após se ensopar; ou seja, essa camisa é boa até debaixo d'água!

Foi ótimo ter levado uma roupa reserva. Sempre levo, mesmo quando não há previsão de chuva; é bom se secar ao final da prova, trocar de roupa, de meia e de tênis. Na hora de ir embora, vi gente ensopada nos pontos de ônibus; provavelmente se resfriaram.

No final da prova, houve um certo tumulto na hora de receber as medalhas. Isso pode melhorar no ano que vem; o isotônico, mais uma vez, não era do melhor e ainda por cima não estava gelado. Desagradável.

Ficam aí essas sugestões para os organizadores. A curiosidade de assistir ou participar de uma corrida noturna, com certeza, vai fazer com que o número de participantes aumente a cada ano; se não tomarem certas providências, essa corrida tão especial vai acabar ficando impraticável. Chega um momento em que nós, mesmo amadores, não queremos mais apenas completar a prova: queremos chegar mais rápido. É prá isso que treinamos exaustivamente durante a semana. Fazer a corrida virar apenas mais um treino, não é o ideal: tem que chegar lá e mandar ver, melhor do que na última corrida. Mas com essas falhas apontadas, vai ficar difícil conseguir isso na Fila Nightrun.