domingo, 20 de setembro de 2009

Meia-Maratona Internacional do Rio- A viagem e a minha experiência na prova

A viagem. Saí de Guarulhos e desci no Galeão. Dizem lá no Rio que, nos dias de semana, o trajeto do Galeão até o Flamengo pode demorar até uma hora e meia, pois o trânsito lá está ficando muito parecido com o da cidade de S.Paulo; mas no sábado, cheguei no hotel em 20 minutos. Logo nas esteiras de retirada bagagem do Galeão, já é possível contratar taxistas de confiança; você faz o pagamento adiantado (até com cartão de crédito ou débito) e, quando sai do aeroporto, já tem um taxista te esperando; basta entregar o comprovante de pagamento para ele e dizer o destino.
Retornei na segunda-feira, feriado, às 14:30h, chegando em Congonhas, às 15:30h. Fiz a ida e volta pela Gol, sem transtornos; a empresa conta com um serviço de auto-atendimento nos aeroportos (semelhante aos caixas eletrônicos dos Bancos), no qual o próprio passageiro faz o seu check in, auxiliado por uma funcionária da empresa aérea; com isso, você ganha tempo, pois só precisa pegar uma fila minúscula para despachar sua bagagem. Bem rápido mesmo, vale a pena.
A experiência da primeira meia-maratona- Pela primeira vez corri a distância de 21KM; gosto mesmo das provas de 10KM, mas queria correr uma prova longa em 2009 para, nos próximos anos, começar a correr ao menos uma meia-maratona anualmente.
Logo após a largada, em S.Conrado, você já encara a única subida ao longo da prova; ela é longa mas não é muito inclinada; serve para aquecer bem; o bom é que você não perde o mar de vista em nenhum momento; você passa em trechos de periferia, bem simples, mas com muita gente parada vendo você passar; todos incentivam os corredores, nas janelas ou nas calçadas, com aplausos e gritos de apoio.
Logo que a subida termina, vem uma grande descida (perto do terceiro quilômetro); daí pra frente é só praia: você passa por Ipanema, Leme, Copacabana, Botafogo, até chegar ao Flamengo; é lindo demais e com muita gente te aplaudindo, do primeiro ao vigésimo primeiro quilômetro; parece que o carioca sabe, por ser um esportista nato, o quanto é difícil concluir uma meia-maratona.
Há postos de abastecimento a cada três quilômetros, mas o primeiro deles só aparece no KM04; é importante essa informação, pois é difícil encontrar outra prova em que o primeiro posto demore tanto para aparecer; num dia quente, pegar uma subida logo de cara e demorar para se hidratar pode ser perigoso. Mas no dia da prova a temperatura era de apenas 23 graus (que sorte!)
Como eu nunca tinha corrido 21KM antes, procurei manter uma velocidade bem confortável, entre 09 e 10KM/h; passei pelos 10KM perto de 60 minutos. Depois disso, a temperatura subiu (ou a sensação térmica subiu), ficando mais difícil manter a velocidade; mais ou menos no KM 13, havia um posto de gatorade; o isotônico estava bem gelado e ajudou bastante; também consumi carboidrato em gel no KM 12; não senti fome nem fraqueza durante o percurso, pois caprichei no carboidrato no sábado e no café da manhã, antes da prova.
Por volta do KM 17, começou uma dorzinha chata na sola do pé, mas nada que me impossibilitasse de concluir a prova; só diminuí um pouco o ritmo, prá garantir. Não senti dores musculares, nem cãimbras.
Perto da chegada, já no Aterro do Flamengo, você faz uma curva e um retorno que permitem ver quanta gente ainda está atrás de você; isso acaba te incentivando nos últimos dois quilômetros. No último, você já vê uma centena de tendas de equipes de corrida, já ouve a música e o locutor. Aí, não tem mais dor ou cansaço que atrapalhem.
A sensação de concluir pela primeira vez os 21KM é muito boa; é interessante descobrir nossos limites, não só físicos, mas de um modo geral. Isso nos permite prever como reagiremos diante de determinadas situações extremas.
Acho que foi uma boa escolher o Rio para a minha estreia nas Meias-Maratonas; um desafio tão grande não poderia se em qualquer lugar.
Meu tempo foi bem alto: 02h38min, com gasto calórico de 2290 calorias; mas, por outro lado, mostra que eu consigo correr 02h38min sem parar e sem caminhar em nenhum momento; sem dúvida, minha resistência aumentou e isso me ajudará nas provas de 10KM.
Finalizando, está mais do que recomendada a meia-maratona internacional do Rio; é uma prova diferenciada em todos os aspectos; vale a pena conhecer.

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