domingo, 24 de maio de 2009

Corrida da Corpore 12,5KM- 24 de maio de 2009

Como etapa da minha preparação para correr a meia-maratona do Rio de Janeiro, em 06 de setembro deste ano, participei da corrida de 12,5KM da Corpore, na Cidade Universitária, em S.Paulo. A corrida também foi disputada na distância de 25KM, quando os corredores deram duas voltas no mesmo percurso.
Quase 5.000 corredores participaram da prova, que teve algumas inovações na organização, especialmente com relação à retirada dos kits, que se deu no dia da corrida. Não houve filas, mas como a largada foi marcada para às 7:30h, (mais cedo do que de costume), sobrou pouco tempo para os atletas retirarem os kits, se dirigirem ao guarda-volumes e ainda dar aquela passadinha no banheiro. Muita gente acabou largando alguns minutos depois dos primeiros, sem se alongar e sem se aquecer.
A camiseta da corrida (muito bonita), somente foi entregue ao final da prova, com a devolução do chip. Os atletas também receberam lanche, frutas, iogurte e isotônico, bem gelado. Estava fácil estacionar, mas a Praça do Cavalo (local onde se retiravam os kits) fica muito longe do Portão 01, por onde todos obrigatoriamente entravam de carro; quem estava atrasado teve que apertar o passo.
O percurso não é dos mais difíceis. No site da prova, havia um gráfico de altimetria indicando que havia duas subidas no percurso: uma logo no primeiro quilômetro e outra depois do décimo. Mas essa primeira subida é imperceptível, não dá nem prá ajudar a aquecer; e a segunda é bem acentuada, mas bem curta, nem chegando a interferir na frequência cardíaca. Logo, não atrapalharam ninguém. A distribuição dos postos de abastecimento foi muito boa e não houve congestionamentos para pegar água ou gelo.
Durante o trajeto, os corredores foram brindados com uma mini-escola de samba que toca muito bem; são mais ou menos uns 15 adolescentes, com maestro e tudo, que vêm comparecendo a todas as corridas organizadas pela Corpore; tocam como gente grande e o som da bateria dá uma animada geral nos corredores.
Meu objetivo na corrida. Escolhi essa prova como preparação para correr distâncias maiores. Eu nunca havia passado dos 10KM, ao menos oficialmente. Como pretendo correr os 21KM no RJ a uma velocidade de 10KM/h (bom ritmo para uma estreia), experimentei correr os 12,5KM nessa velocidade, do início ao fim; consegui essa marca em cima da pinta: passei pela marca dos 10KM em uma hora e terminei o percurso em 01h15min. Missão cumprida! Não me senti cansado ao final; acho que dava para ir um pouco mais longe. Isso já é resultado dos "longões" (treinos longos, acima de 10Km), que venho realizando sob os cuidados da minha treinadora Christina C. Draheim.
Conclusão final sobre a Corpore 12,5K- Gostei da prova e recomendo. Mas como não é muito comum uma corrida ter a distância de 12,5KM, fica difícil comparar seu desempenho nessa prova com o de outras de mesma distância. Como início de preparação para desafios maiores, acho que é uma boa pedida.

Abaixo, minha foto pós-prova. À direita, Rosângela Morgado, minha gerente de logística e marketing, idealizadora deste blog; à esquerda, minha médica, Tayrine Mazotti.




sábado, 23 de maio de 2009

Correr ouvindo música

Quem tem o bom hábito de correr regularmente, geralmente o faz ouvindo boa música em seu ipod ou celular. Todos dizem que a música dá um ânimo maior, mas nem sempre sabem o que esse som agradável produz efetivamente em nosso organismo, durante uma corrida.
No final de 2008, o canal a cabo Sportv exibiu um documentário, no programa Sportv Repórter, apresentado por Luis Roberto (narrador esportivo da TV Globo), divulgando o resultado de estudos realizados por universidades americanas, acerca do tema correr ouvindo música.
Nessa pesquisa, os cientistas concluiram que a música age da seguinte forma: enquanto corremos, nosso corpo vai apresentando reações diversas, à medida em que nosso esforço aumenta; quando estamos próximos do nosso limite, nosso cérebro dá um comando para que o organismo produza o chamado ácido lático, que nada mais é do que um mecanismo de defesa do nosso corpo; é um aviso de que estamos chegando ao nosso limite, de forma que prolongar o exercício nessas condições pode trazer consequências negativas, tais como lesões, tontura etc. É o ácido lático que causa aquelas dores na panturrilha, por exemplo.
Com os estudos realizados, concluiram os americanos que a sensação de prazer causada pela música agradável acaba "enganando" nosso cérebro; ele demora mais tempo para perceber que estamos próximos do limite, retardando a produção do ácido lático; com isso, corredores de fundo (como são chamados os especialistas em longas distâncias) acabam chegando mais longe, aumentando sua resistência em até 20%.
Pode parecer pouco, mas quem corre uma maratona (42KM), pode até correr uns 08KM a mais, com o auxílio da música e de um bom treinamento.
É claro que o ritmo musical adequado é aquele que o corredor mais gosta. Tem até gente que corre ouvindo música clássica, ou MPB, como já divulgou o programa "Vamos Correr" da ESPN Brasil (sextas, 21:30h). Não pretendo fazer com que ninguém passe a correr ouvindo música eletrônica, como eu faço.
Mas para quem gosta do gênero, impossível não indicar a minha trilha sonora preferida: DJ TIESTO, CD elements of life. O álbum é importado (em CD e DVD duplos), mas a gravadora building records possui uma versão nacional do CD, à venda em quase todas as lojas, por preço aproximado de R$ 30,00.
A ordem das músicas é tão apropriada, que a primeira faixa "ten seconds before sunrise" possui uma megaintrodução de mais ou menos 3 minutos (sem batida eletrônica), tempo suficiente para você se aquecer, seja na esteira ou na rua. A partir do terceiro minuto, começa aquele ritmo eletrônico legal; não é aquela batedeira chata não! A música é agradável e estimulante. As faixas vão se sucedendo, uma melhor do que a outra, e quando você vê já correu uns 08 KM.
Confira no youtube, clicando nos links abaixo, alguns hits do DJ Tiesto.
* Para ouvir "everything", ao vivo, acesse http://www.youtube.com/watch?v=SzmeN06jYnQ
* A letra de "everything", para treinar seu inglês, está em http://www.youtube.com/watch?v=xWrduORp-Lw
* O maior sucesso do Tiesto é "in the dark". Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=QcgCmPtaeXo&feature=related

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Prova de Reis - S.Caetano do Sul - Janeiro de 2009

No início do mês de janeiro de 2009, foi disputada em S.Caetano do Sul a edição de número 32 da Prova de Reis. A corrida tem um percurso de 10K, que se inicia na Av.Kennedy, passando pela Av.Goiás e retornando ao ponto de partida.
A prova tem características muito peculiares, deixando transparecer aquele ar de interior que parte da cidade de S.Caetano ainda guarda, apesar de se situar tão próxima da capital paulista. Logo no primeiro quilômetro, há uma pequena subida que, superada, leva o corredor a um trecho em declive, numa área bem residencial; nessa descida, há pessoas na janela, saudando os corredores. Muito legal!
Outra marca é a enorme quantidade de pessoas de mais idade disputando a prova, principalmente homens. Você percebe, pelas conversas no aquecimento, que são idosos que disputam a Prova de Reis há muitos anos, ininterruptamente. E o mais incrível vem depois: esses senhores correm uma barbaridade! Deixam poeira prá trás quando a prova começa!
A organização da prova é bem simples, mas eficiente. Um ginásio situado ao lado do ponto de largada serve de base. Lá são retirados os kits da prova e os corredores podem utilizar os sanitários do próprio complexo. A camiseta da prova em 2009, na cor branca, era bem legal; não é feita com material de alta tecnologia, mas não esquenta e não encolhe. A medalha, fornecida a todos os corredores que concluem a prova, é das mais bonitas, mesmo comparada com aquelas fornecidas nas grandes provas.
Como a prova é disputada no mês de janeiro, alguns cuidados devem ser tomados com relação ao calor e à hidratação. Na edição de 2009, o dia amanheceu nublado, com um ventinho que chegava a desaquecer antes da largada. Mas lá pelo quinto quilômetro, o céu se abriu e a temperatura subiu bastante, pegando de surpresa quem estava sem boné e sem protetor solar. Nos últimos quilômetros há uma subida pequena, mas bem acentuada, que leva à avenida Goiás; essa subida aumenta ainda mais a temperatuta do corredor. Alguns atletas tiveram que percorrê-la andando. Estavam mal hidratados. O fato de a prova ser disputada logo após as festas de fim de ano também prejudica, pois muitos corredores abusam da alimentação nesses dias; além do mais, as academias fecham e muitos atletas ficam sem treinar. Iniciar o ano com todas essas adversidades, pegando uma prova com duas subidas e muito calor, não é fácil.
Apesar de todas essas dificuldades, terminei a prova em 59 minutos; foi a primeira vez que disputei uma corrida não só para chegar ao fim, mas com o objetivo claro de concluir o trajeto em menos de uma hora. Missão cumprida!
Apesar dos trechos de aclive, acho que a Prova de Reis é boa para quem deseja tentar baixar seu tempo, principalmente porque não é congestionada; a organização limita o número de inscritos a mais ou menos 2.000 corredores.
Prá quem não consegue mais ficar um mês sem disputar alguma prova (como eu!), a Prova de Reis é uma boa pedida; mas se você estiver destreinado, devido à desacelerada natural de fim de ano, é melhor treinar em janeiro e recarregar as baterias para o ano novo.
A prova é legal mas não é impredível não.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Corrida da Riviera de São Lourenço- Ótima opção para iniciantes.

Se você começou a praticar corrida de rua há pouco tempo, gosta de correr numa praia bem tranquila, limpa e charmosa, a corrida de 06K da Riviera de São Lorenço é uma ótima escolha.
O nome do evento já dá uma boa idéia do espírito dos corredores: "Circuito de corridas dos amigos da Riviera". São disputadas várias edições ao longo do ano, geralmente em feriados prolongados, facilitando a viagem de corredores que não residem em Bertioga, nem nas demais cidades do litoral paulista.
Em cada edição, a camiseta que acompanha o Kit possui uma cor diferente; os tempos dos corredores são registrados e arquivados no site da própria Riviera; ao final do ano, apura-se quem são os campeões do circuito.
Os tempos não são cronometrados por chip, mas a marcação manual é bem feita. O percurso é bem diversificado, com trechos em asfalto, terra e areia dura, bem ao lado do mar. A prova é 100% plana, facilitando a vida dos iniciantes.
Disputei a edição de setembro de 2008 e posso dar pelo menos duas dicas: a corrida tem poucos participantes (mais ou menos 200 naquela edição), o que estimula o corredor a aumentar o ritmo, podendo trazer cansaço mais cedo do que o normal; é difícil ir devagar quando não tem ninguém na sua frente; portanto, trace um bom planejamento, no seu ritmo, e siga-o à risca, sem se empolgar.
Outro fator que merece atenção é o fato de o percurso possuir mais ou menos 02KM na areia, bem ao lado do mar; segundo estudos, aquele ventinho gostoso refrigera muito rápido o nosso corpo, impedindo que você transpire, liberando calor; com isso, sua temperatura interna aumenta bastante; não quer dizer que você entrará em estado febril, mas se forçar muito o ritmo nesse trecho, seu rosto pode ficar bem vermelho, mesmo que não esteja sol.
No final daquela edição, foi armada uma tenda com um agradável café da manhã. A medalha para os atletas que concluem a prova é muito bonita.
Se você chegar um dia antes da prova, vai perceber a presença de corredores na Riviera (todos com aqueles tênis característicos); isso é legal, pois faz você entrar no clima da prova já no dia anterior.
Dentro da Riviera, há uma praça de alimentação no shopping, onde é possível comer bem; há dois bons restaurantes self service por quilo, inclusive com massas (lembre-se que uma boa reserva de carboidratos é essencial).
Se você for se hospedar por lá, uma boa pedida é o Boulevard Riviera Flat; os preços na baixa temporada são bons; o Flat se localiza a duas quadras da praia e bem próximo do shopping e do local da largada da prova.
Prá quem quer melhorar seu tempo nos 10K, essas provas curtas são ótimas para um bom treino de tiro; se você quer correr os 10K em 50 minutos, por exemplo, pode começar a pensar em fazer os 06K da Riviera em menos de 30 minutos, ou nada feito!
Aproveite essa simpática prova, também, para descansar; é uma ótima oportunidade para fazer uma viagem legal e ter um final se semana diferente. Mais informações, no site http://www.rivieradesaolourenco.com.br/.

domingo, 17 de maio de 2009

Fila Nightrun - maio 2009- Debaixo d'água

No dia 09 de maio de 2009, foi realizada mais uma edição na Fila Nightrun, na Cidade Universitária, em S.Paulo. Quem esperava experimentar, ou reviver, apenas a sensação de correr competitivamente à noite, teve uma surpresa inesperada: caiu um verdadeiro dilúvio, desde os primeiros minutos de prova, às 20:15h, até mais ou menos 21:15h.

Antes da largada, atrações musiciais se revezaram no palco, com destaque para a animação com DJ, tocando música eletrônica de ótima qualidade, com flashbacks escolhidos a dedo. Também houve sorteios de brindes, inclusive de monitores cardíacos, indispensáveis para todo corredor. Bom trabalho da organização, que se empenhou tanto em incentivar todos a chegar bem cedo ao evento.

O kit da prova foi razoável, com a já tradicional camisa de manga longa, de cor preta nesta edição. Mas a qualidade do material da camisa poderia ser melhor; esquenta muito. Uma munhequeira antissuor poderia acompanhar o kit. Já passou da hora, também, de as camisas já serem fabricadas com o número de peito do corredor; chega de alfinetes!

Ao contrário do que acontece nas provas organizadas pela Corpore, em que todo o percurso das provas de 05K e 10K são distintos, na Fila Nightrun apenas a largada dos 05K e 10K foi separada; os primeiros cinco quilômetros foram de percurso comum, o que tornou praticamente impossível pensar em baixar tempo; ao menos para nós, amadores, que não largamos lá na elite. Isso porque foram 8.000 corredores e, além disso, havia pessoas andando já no primeiro quilômetro, debaixo daquela chuva torrencial.

Nada contra as pessoas que não querem correr, mas o bom senso sugere que elas larguem lá atrás, pois são minoria, e atrapalham os corredores, além de tornarem a corrida perigosa.

Nesta edição, não se repetiu um equívoco cometido na corrida de novembro do ano passado: pôr postos de hidratação embaixo de árvores, que são locais escuros. Ou seja, o corredor não teve que desviar dos outros em meio a copos de água, poças e escuridão.

A experiência de correr debaixo daquela tempestade foi positiva. Na próxima, já sei mais ou menos o que pode acontecer. Não suei muito; a temperatura do corpo não sobe tanto; o tênis encharca e fica pesado (senti um pouco de dor no quadríceps no dia seguinte); o calção também encharca, mas não chega a incomodar; corri com a camisa da Adidas (circuito das estações), que não ficou muito gelada durante a prova, mesmo após se ensopar; ou seja, essa camisa é boa até debaixo d'água!

Foi ótimo ter levado uma roupa reserva. Sempre levo, mesmo quando não há previsão de chuva; é bom se secar ao final da prova, trocar de roupa, de meia e de tênis. Na hora de ir embora, vi gente ensopada nos pontos de ônibus; provavelmente se resfriaram.

No final da prova, houve um certo tumulto na hora de receber as medalhas. Isso pode melhorar no ano que vem; o isotônico, mais uma vez, não era do melhor e ainda por cima não estava gelado. Desagradável.

Ficam aí essas sugestões para os organizadores. A curiosidade de assistir ou participar de uma corrida noturna, com certeza, vai fazer com que o número de participantes aumente a cada ano; se não tomarem certas providências, essa corrida tão especial vai acabar ficando impraticável. Chega um momento em que nós, mesmo amadores, não queremos mais apenas completar a prova: queremos chegar mais rápido. É prá isso que treinamos exaustivamente durante a semana. Fazer a corrida virar apenas mais um treino, não é o ideal: tem que chegar lá e mandar ver, melhor do que na última corrida. Mas com essas falhas apontadas, vai ficar difícil conseguir isso na Fila Nightrun.