domingo, 17 de maio de 2009

Fila Nightrun - maio 2009- Debaixo d'água

No dia 09 de maio de 2009, foi realizada mais uma edição na Fila Nightrun, na Cidade Universitária, em S.Paulo. Quem esperava experimentar, ou reviver, apenas a sensação de correr competitivamente à noite, teve uma surpresa inesperada: caiu um verdadeiro dilúvio, desde os primeiros minutos de prova, às 20:15h, até mais ou menos 21:15h.

Antes da largada, atrações musiciais se revezaram no palco, com destaque para a animação com DJ, tocando música eletrônica de ótima qualidade, com flashbacks escolhidos a dedo. Também houve sorteios de brindes, inclusive de monitores cardíacos, indispensáveis para todo corredor. Bom trabalho da organização, que se empenhou tanto em incentivar todos a chegar bem cedo ao evento.

O kit da prova foi razoável, com a já tradicional camisa de manga longa, de cor preta nesta edição. Mas a qualidade do material da camisa poderia ser melhor; esquenta muito. Uma munhequeira antissuor poderia acompanhar o kit. Já passou da hora, também, de as camisas já serem fabricadas com o número de peito do corredor; chega de alfinetes!

Ao contrário do que acontece nas provas organizadas pela Corpore, em que todo o percurso das provas de 05K e 10K são distintos, na Fila Nightrun apenas a largada dos 05K e 10K foi separada; os primeiros cinco quilômetros foram de percurso comum, o que tornou praticamente impossível pensar em baixar tempo; ao menos para nós, amadores, que não largamos lá na elite. Isso porque foram 8.000 corredores e, além disso, havia pessoas andando já no primeiro quilômetro, debaixo daquela chuva torrencial.

Nada contra as pessoas que não querem correr, mas o bom senso sugere que elas larguem lá atrás, pois são minoria, e atrapalham os corredores, além de tornarem a corrida perigosa.

Nesta edição, não se repetiu um equívoco cometido na corrida de novembro do ano passado: pôr postos de hidratação embaixo de árvores, que são locais escuros. Ou seja, o corredor não teve que desviar dos outros em meio a copos de água, poças e escuridão.

A experiência de correr debaixo daquela tempestade foi positiva. Na próxima, já sei mais ou menos o que pode acontecer. Não suei muito; a temperatura do corpo não sobe tanto; o tênis encharca e fica pesado (senti um pouco de dor no quadríceps no dia seguinte); o calção também encharca, mas não chega a incomodar; corri com a camisa da Adidas (circuito das estações), que não ficou muito gelada durante a prova, mesmo após se ensopar; ou seja, essa camisa é boa até debaixo d'água!

Foi ótimo ter levado uma roupa reserva. Sempre levo, mesmo quando não há previsão de chuva; é bom se secar ao final da prova, trocar de roupa, de meia e de tênis. Na hora de ir embora, vi gente ensopada nos pontos de ônibus; provavelmente se resfriaram.

No final da prova, houve um certo tumulto na hora de receber as medalhas. Isso pode melhorar no ano que vem; o isotônico, mais uma vez, não era do melhor e ainda por cima não estava gelado. Desagradável.

Ficam aí essas sugestões para os organizadores. A curiosidade de assistir ou participar de uma corrida noturna, com certeza, vai fazer com que o número de participantes aumente a cada ano; se não tomarem certas providências, essa corrida tão especial vai acabar ficando impraticável. Chega um momento em que nós, mesmo amadores, não queremos mais apenas completar a prova: queremos chegar mais rápido. É prá isso que treinamos exaustivamente durante a semana. Fazer a corrida virar apenas mais um treino, não é o ideal: tem que chegar lá e mandar ver, melhor do que na última corrida. Mas com essas falhas apontadas, vai ficar difícil conseguir isso na Fila Nightrun.





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