sábado, 15 de agosto de 2009

Mizuno 10 milhas- S.Paulo

No dia 02 de agosto de 2009, pela primeira vez em S.Paulo, foi disputada a Mizuno 10 milhas. A possibilidade de disputar uma prova com distância intermediária (16KM), parece ter atraído os corredores: foram mais de 6mil inscritos, apesar de a prova ter sido disputada na mesma data da meia-maratona de S.Bernardo do Campo.
Mas as novidades não pararam por aí. A 10 Milhas teve características próprias, algumas delas inéditas, que deram um estilo todo peculiar à prova. As distâncias percorridas eram informadas em quilômetros e em milhas; a largada teve separação por sexo; as camisetas tinham cores diferentes para homens e mulheres (azul e rosa); ao final, foi fornecido isotônico powerade, bem gelado.
Particularmente, não vi grande utilidade nessas inovações. Não entendi o porquê da separação por sexo; acho que seria mais inteligente uma separação por perspectiva de tempo, para que pessoas com ritmos diferentes não ficassem muito próximas, evitando acidentes, e dando mais conforto aos corredores. Acho que isso seria mais seguro para as mulheres do que, simploriamente, separá-las dos homens.
As camisetas não tinham a qualidade dos melhores produtos da Mizuno. Mas são boas, não esquentam muito e têm boa ventilação.
O isotônico powerade, (que é chamado de hidrotônico pelo fabricante) é outro item que ajuda a dar uma "americanizada" na prova; é bem gostoso e já é visto à venda em alguns supermercados, por enquanto com poucas opções de sabor. Mas comparando as suas informações nutricionais com as do gatorade, atente para o fato de que o powerade tem bem menos sódio; segundo minha nutricionaista, Aline Nanzer, o sódio deve ser reposto satisfatoriamente quando se transpira muito; não sei se, nesse aspecto, o powerade dá conta do recado.
A organização na chegada à USP foi boa; não se entrava pelo tradicional portão da academia de polícia, mas mesmo assim era possível estacionar por ali, facilitando a saída. O que deixou a desejar, foi a separação dos corredores num trecho de mão dupla. Enquanto os corredores da elite já voltavam, em alta velocidade, o pessoal lá de trás vinha, lentamente, pela pista errada; fizeram uma ineficiente divisão com cones que, evidentemente, não funcionou.
Minha experiência na prova. Me inscrevi na 10 Milhas para disputar, pela primeira vez, uma prova oficial com distância superior aos 12,5KM da Corpore. Seria uma espécie de vestibular para as meias-maratonas e acredito que aprendi algumas lições, fundamentais para quem é acostumado a correr 10KM e quer aumentar as distâncias. A primeira delas, diz respeito à alimentação: comi a quantia que costumo ingerir quando corro 10KM e vi que não é suficiente; tive um pouquinho de fome a partir do KM 14; para correr 21KM, tenho que comer mais.
Também aprendi que não dá prá correr prova longa somente movido a água: um isotônico ou carboidrato em gel, no meio da prova, é essencial. Finalmente, como já haviam me avisado, é possível que o corredor sinta um pouco de dor na sola do pé a partir do KM 14, mais ou menos, mesmo utilizando um tênis adequado. Eu senti. Nada que me atrapalhasse, mas a dor foi perceptível. Agora, sabendo de tudo isso, vou para a meia-maratona internacional do Rio, dia 06 de setembro, já sabendo como meu corpo vai reagir ao desgaste, sobretudo após os 12KM.
Minha impressão sobre a prova. Mesmo com as ressalvas acima, gostei da Mizuno 10 milhas e a recomendo. Fui devagar, prá ver se aguentava e, principalmente, como meu corpo reagiria. Ótimo teste. Mas a 10 milhas também é uma ótima prova para quem quer baixar seu tempo na meia-maratona. A São Silvestre (15KM), é praticamente a única opção de distância intermediária entre os 10 e 21KM, razão pela qual as provas com essas quilometragens são sempre bem vindas, principalmente quando podem ser disputadas em duplas, como é o caso da 10 milhas. Meu tempo: 01h53minutos, com gasto calórico de 1610 calorias.

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